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Tribuna livre destaca políticas públicas de igualdade racial e de saúde pública

por Cleverson Gouveia publicado 03/07/2024 13h34, última modificação 03/07/2024 13h34
Temas foram repercutidos na sessão ordinária da Câmara de Nova Andradina desta terça-feira, dia 6 de julho
Tribuna livre destaca políticas públicas de igualdade racial e de saúde pública

Agência 7ª Arte

As políticas públicas de igualdade racial e de saúde pública foram destaque na tribuna livre da Câmara Municipal na sessão ordinária desta terça (02/07).

O primeiro tema foi abordado por Vania Lucia Baptista Duarte, Subsecretaria de Políticas Públicas para Promoção de Igualdade Racial de Mato Grosso do Sul. Presença confirmada na abertura da Campanha Julho das Pretas – Racismo Estrutural, Vania foi convidada pela vereadora Cida do Zé Bugre para falar sobre as conquistas e os desafios da mulher negra sul-mato-grossense e da cidade de Nova Andradina, de forma particular.

A Subsecretária debruçou-se sobre às raízes históricas do racismo e a forma como se manifesta nas relações sociais, de forma individualizada ou coletiva, trazendo um olhar sobre as questões política, cultural e educacional.

De acordo com Vania, as leis trazem a obrigatoriedade de trabalhar a história da população negra no currículo escolar e no cotidiano. Algumas datas são enfatizadas, como 13 de maio, onde há a necessidade da ressignificação da Lei Aurea, que apenas libertou na formalidade, mas não incluiu na sociedade.

“A gente precisa recontar essa história e trazer a população negra para o protagonismo.  Não basta reclamar, tem que denunciar o racismo de diversas formas e alertar para que aja, de fato, uma mudança social”, declarou a representante do Estado.

Para a subsecretária, Nova Andradina tem ações afirmativas que modificam e incluem essa população na sociedade como a aprovação do Selo de Igualdade Racial, a Lei de Cotas no serviço público e a criação de uma coordenadoria de igualdade racial, órgão que trabalha diretamente com as políticas públicas voltadas à população negra, cigana, para os povos de matrizes africanas e de terreiro.

“Essas iniciativas são fundamentais para a articulação e o encaminhamento das demandas e merecem todo reconhecimento, mas entendemos que é preciso avançar ainda mais na busca de uma sociedade mais igualitária, que todos tenham os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”.

Já a segunda participação na tribuna livre foi do assistente social, Vinicius Simoes Nunes. O profissional da saúde destacou a necessidade de mobilização e conscientização sobre os riscos do vírus HIV e também as dificuldades de acesso  às profilaxias (medicamentos) de pré e pós exposição ao vírus HIV.

Segundo o assistente social, o medo e a vergonha são obstáculos para a maioria dos pacientes. Essa seria a motivação para o engajamento na luta pelo combate e a transmissão da doença, ainda que não seja portador do vírus HIV.

Vinicius afirmou que percorreu postos de saúde, hospital, secretaria e demais locais destinados à saúde pública, tendo dificuldades de encontrar, desde um simples preservativo, até medicamentos que evitam a entrada do vírus HIV no organismo e evitam a sua transmissão. 

“Esses medicamentos são disponibilizados apenas para profissionais de saúde que pudessem ter contato com material perfurocortante. Porém, as políticas públicas de saúde públicas preconizam diferente, por exemplo, profissionais do sexo, com rotatividade de vários parceiros, que não fazem uso de preservativos, podem e devem fazer uso dessas profilaxias. Isso é saúde pública, não tem a ver com moralidade”, defendeu.

Ao final, Dr Leandro solicitou ao presidente da Comissão de Saúde, vereador Arion Aislan, que envie ofício ao secretário municipal de saúde para verificar se existe falta de medicamentos e como estão sendo promovidas as campanhas DSTs (doenças sexualmente  transmissíveis). Porém, Dr. Leandro destacou que a prevenção e tratamento do HIV é uma política nacional e os municípios seguem as normas e campanhas vigentes.  

     

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