Resíduos agrotóxicos: órgãos públicos, privados e terceiro setor voltam a se reunir

Representantes de órgãos públicos, privados e do terceiro setor voltaram a se reunir na Câmara de Vereadores de Nova Andradina para debater a responsabilidade da cadeia produtiva sobre a destinação adequada dos resíduos e embalagens de defensivos agrícolas.

Neste novo encontro participaram, representando o Poder Legislativo, os vereadores Dr. Leandro Fedossi (PSDB) e Dr. Sandro Hoici (sem partido).

Também estiveram presentes o promotor de Justiça e do Meio Ambiente, Paulo Henrique; o coordenador Regional da Andav (Associação Nacional das Distribuidoras de Insumos Agrícolas e Veterinários), Marcelo Bexiga; o coordenador Regional de Operações do InpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), Hamilton Rondon; o supervisor da Central de Recebimento do InpEV, de Naviraí, Wanderson Carlos França; e a engenheira agrônoma da Prefeitura de Nova Andradina, Cornélia Nagel.

A audiência contou ainda com a participação de gerentes das cooperativas e revendedores da Cocamar, Agro Jangada, Coopavil, Coopasul, BSY Consultoria Ambiental, além da secretária de Meio Ambiente de Taquarussu, Ludmila Soares; diretor Jurídico da Câmara, Fernando Mitsunaga, o assessor jurídico da Câmara, Walter Bernegozzi; e o produtor rural Antônio Flor do Vale.

Durante o encontro foi reforçado que o impasse central é que não existe consenso sobre quem é o responsável pela destinação final das embalagens vazias e utilizadas. Atualmente, os produtores encontram dificuldades para efetuar o descarte nas revendedoras. Essas, por sua vez, alegam que não possuem condições e nem obrigação de armazenar e promover o descarte de tais resíduos, tendo apenas o dever de indicar aos agricultores a entidade para enviar esses produtos, o InpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, cuja unidade mais próxima fica em Naviraí (MS).

Na ocasião, o representante do InpEV explicou as atribuições da entidade, ressaltando que o instituto atua sem fins lucrativos e foi criado por fabricantes de defensivos agrícolas com o objetivo de promover a correta destinação das embalagens vazias de seus produtos.

Após o debate ficou definido o aumento da coleta desses resíduos duas vezes ao ano, sendo a mesma de forma itinerante, e a viabilidade de uma área destinada para implantação de um ponto de recebimento e armazenamento das embalagens de agrotóxicos no município de Nova Andradina, para evitar este deslocamento, caso a lei em vigor permita.