Rede de Combate à Violência da Mulher de Nova Andradina promove capacitação
A realidade da violência doméstica é preocupante: a cada 6 horas 1400 mulheres são mortas no país. Mato Grosso do Sul é o segundo estado do Brasil com maior número de assassinatos de mulheres pelo simples fato de serem mulheres. Somente em 2023, já foram registrados 12 casos de feminicídio no estado.
Muito se fala sobre as razões por trás desse gargalo social, como fatores culturais, falta de rede de apoio e falhas na segurança pública, entre outros. Mas no que se refere à prevenção e combate a essas duras estatísticas, os setores da saúde, educação, segurança e assistência social cumprem papéis fundamentais.
A saúde, por exemplo, é pela porta de uma ESF (Estratégia Saúde da Família) ou pronto-socorro, muitas vezes, que profissionais se deparam com casos de violência física, psicológica e sexual contra a mulher. Mas quais são os protocolos nessa hora? Como esse profissional deve agir?
Pensando em melhor acolher e atender às mulheres vítimas de violência doméstica, a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher em parceria com a Câmara Municipal, Procuradoria da Mulher do legislativo de Nova Andradina e outras instituições promoveram capacitação aos profissionais da rede de proteção e combate à violência de Nova Andradina, tendo a participação efetiva de funcionários do Hospital Regional, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Centro de Atendimento à Mulher, Andefi, entre outras instituições que atendem mulheres vítimas de violência.
Na abertura do evento, o legislativo esteve representado pelo presidente Dr. Leandro Fedossi, e a Procuradoria da Mulher, pelas vereadoras Márcia Lobo, Gabriela Delgado e Cida do Zé Bugre. Também fizeram parte da plataforma de autoridades, representantes da Polícia Militar, responsáveis pela execução do Promuse (Programa Mulher Segura), CPPM e Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social.
Para vereadora e presidente da Procuradoria da Mulher do Legislativo Municipal, Márcia Lobo, além da criação de políticas públicas, o poder público e a rede de atendimento às vítimas precisam saber acolher.
“A violência contra a mulher está presente em todas as classes sociais. É necessário dar o acolhimento, não julgar, não revitimizar a mulher, e oferecer caminhos para ela lidar com isso. A Procuradoria é parceira dessa rede de apoio e atendimento às vítimas. Estamos a disposição para a realização de ações de conscientização e combate à violência”, ressaltou, parabenizando a todas as instituições pelo compromisso com a vida.