Comunidade surda é homenageada na Câmara Municipal
Aline Leão/Assessoria de Comunicação CMNA
O município de Nova Andradina tem atualmente em torno de 150 pessoas com deficiência auditiva. Pessoas que lutam diariamente por inclusão nas discussões da sociedade.
Na noite desta segunda-feira (28), durante a sessão ordinária, a Câmara Municipal prestou homenagem à comunidade surda do Município, em alusão ao Dia Municipal do Surdo, instituído por meio do Projeto de Lei 843/2009, de autoria do vereador Marião da Saúde (PR).
Dezenas de surdos, deficientes auditivos e militantes pela causa marcaram presença e lotaram o Plenário Sidney Sanches.
Toda a cerimônia teve a interpretação da Língua Nacional de Sinais (Libras), a começar pelo Hino Nacional Brasileiro. Também houve apresentação da música “O escudo”, com os alunos do curso de libras e entrega de Moções de Congratulação aos integrantes do Núcleo Municipal e Estadual de Educação Especial.
A homenagem foi um momento de reflexão diante das dificuldades vivenciadas por estas pessoas.
Ao discursar, a professora Elizana Tolentino Pereira Munhoz, coordenadora do Núcleo Municipal de Educação Especial (NUMESP), destacou as lutas pelos direitos linguísticos e culturais. “Consideramos ser de extrema relevância a comemoração ao Dia do Surdo para que a sociedade tenha mais oportunidade de receber informações sobre a comunidade surda”, ponderou.
“Apesar de todos os avanços e conquistas por mais inclusão, ainda hoje ouvimos as pessoas falarem “é o surdinho, é o mudinho” e não é assim, é antes de tudo uma pessoa que deseja ser aceita na condição de ser humano e ser chamada pelo nome. A falta de informação ainda perdura em nossa sociedade, onde muitas vezes vemos a deficiência e não a pessoa como um todo. A deficiência é apenas um detalhe de todo o ser”, disse a técnica do Núcleo Estadual de Educação Especial (NUESP), Edilene Moreira de Souza Bazilio.
Para o presidente da Casa, Cido Pantanal (PSDB), a homenagem em nome do Poder Legislativo é um reconhecimento a toda a comunidade surda, no que diz respeito à saúde, dignidade, inclusão social e resgate à cidadania. “Apesar dos avanços, ainda temos muito o que melhorar, principalmente quando se trata da acessibilidade comunicacional”, acrescentou.
Aline Leão
Assessoria de Comunicação CMNA
