Nenão destaca resultado de articulação em prol de registro de técnico em agronegócio
Após um ano de reivindicação, estudantes do curso técnico em Agronegócio da Escola Estadual Nair Palácio de Souza, em Nova Andradina, estão perto de obterem reconhecimento do Conselho Regional de Enegenharia e Agronomia (CREA). O assunto foi pautado nesta semana pelo presidente da Câmara Municipal, Newton Luiz de Oliveira (Nenão).
O vereador esteve recentemente em Campo Grande na Secretaria de Estado de Educação (SED) acompanhado dos colegas de plenário, Vicente Lichoti, Quemuel de Alencar e Ricardo Lima, além da deputada estadual Dione Hashioka, junto a estudantes para negociar o pedido de reanálise do curso.
‘’Depois de tanta luta, recebemos uma resposta do CREA que nos deixou otimistas. Eles receberam o pedido de reanálise da SED e só estão faltando alguns documentos da escola. Provavelmente em agosto já deve sair o registro após uma plenária’’, pontuou.
Sobre o assunto, o egresso do curso, Flábio Brito, reforçou que o apoio da Câmara foi fundamental para que o processo avançasse. ‘’Faz muito tempo que estamos brigando por isso. Mas a briga ganhou força depois que recorremos à Câmara e à deputada Dione’’, frisou.
O impasse sobre o registro gerou uma ação indenizatória no Ministério Público Estadual (MPE) que envolve 27 estudantes. ‘’O MPE reivindica R$ 50 mil por aluno lesado. É justo, mas não queremos só o dinheiro, queremos exercer nossa profissão’’, inteirou Flávio.
Por enquanto, o grupo conta com a possibilidade de registro de técnico em cooperativismo como uma medida emergencial para possibilitar o ingresso no mercado de trabalho. A profissão já é reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e poderá ser validada pelo CREA/MS após reunião no dia 14 de agosto. ‘’Com certeza estamos aptos, pois nossa formação é abrangente, mas esta similar é só o começo’’, finalizou Flávio.
Entenda
Aberto em janeiro de 2011, o curso técnico em agronegócio, nível médio, teve duração de um ano e meio ofertado em Nova Andradina via SED pela escola Nair Palácio de Souza. Após conclusão do curso, egressos enfrentaram dificuldades para iniciar atuação no mercado de trabalho.
A base do projeto pedagógico do curso afirma que é obrigação da SED expedir e registrar diplomas para fins de validade nacional. Sem a documentação necessária para registrar a profissão, o assunto passou a ser alvo de análises na Defensoria Púbica e conselhos competentes. Ainda sem uma decisão definitiva, a expectativa é que a última movimentação articulada entre representantes políticos, SED e CREA tenha êxito.
Fonte: Ana Carla Barbosa